Notícias

‹‹ Voltar às notícias

Luta contra infecções hospitalares ensaiada pela Gulbenkian vai ser alargada

07/05/2018

“Nunca Portugal tinha alcançado resultados tão positivos numa batalha como esta”, disse o ministro”

O ministro da Saúde disse nesta segunda-feira que se pretende generalizar ao maior número de unidades de saúde as práticas de uma iniciativa que envolveu 19 hospitais e que reduziu em mais de 50% quatro tipos de infecções hospitalares.

Os resultados da iniciativa foram apresentados na Fundação Gulbenkian, instituição responsável pelo desafio “STOP Infecção Hospitalar!”, e no final da cerimónia foi assinado um protocolo com o Governo, no sentido de transferir para a Direcção-Geral da Saúde as práticas do trabalho, desenvolvido nos últimos três anos pela mão da Gulbenkian.

“Nunca Portugal tinha alcançado resultados tão positivos numa batalha como esta”, disse o ministro aos jornalistas. Momentos antes, na sessão de encerramento da apresentação da iniciativa, já tinha considerado como “históricos” os resultados alcançados.

As infecções hospitalares e as bactérias resistentes são “uma ameaça mundial”, disse o ministro, lembrando que Portugal tem das mais elevadas taxas de infecção hospitalar.

O Presidente da República, que encerrou a cerimónia, afirmou também ser “inequívoco que as infecções hospitalares são um grave problema de saúde pública”, que colocam em causa a qualidade da prestação de cuidados, que aumentam o tempo de internamentos e provocam mais óbitos.

O desafio “Stop Infecção Hospitalar!” foi apresentado em Março de 2015 na Gulbenkian, em Lisboa, propondo-se reduzir em 50% quatro tipos de infecções hospitalares e assim poupar vidas, diminuir o número de dias de incapacidade por doença, poupar o sofrimento dos doentes e famílias e poupar os consumos, como lembrou a presidente da Gulbenkian, Isabel Mota.

Em 2014 Portugal tinha quase o dobro das infecções hospitalares que a média dos países europeus.

Passados três anos a trabalhar com 19 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com mais de 240 profissionais os resultados foram hoje apresentados.

As infecções associadas a cateter vesical (algália) diminuíram 51% e as associadas a cateter vascular central decresceram 56%. Depois há menos 51% de pneumonias associadas à intubação; menos 55% de infecções nas cirurgias de prótese da anca e do joelho e menos 52% de infecções associadas às cirurgias à vesícula.